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1 19/03/2020 10:15

Neste 19 de março, dia consagrado a São José, os fiéis e devotos do Santo Pai de Jesus Cristo não poderão acompanhar as tradicionais procissões em homenagem ao seu protetor, em várias cidades. A mística religiosa e os dogmas da Igreja Católica são importantes para manter a fé, porém o medo de uma epidemia (já pandemia) é maior e novos hábitos sucederão os mais antigos.

Ainda mais nos tempos atuais em que a tecnologia nos leva (ou impõe?) novos costumes, os virtuais, em que assistimos a celebração de missas em diversas igrejas do mundo inteiro pelas telas dos aparelhos de TV. Não tenho a menor ideia do que representará para o Santo Carpinteiro deixar de percorrer as ruas de Itabuna e outras cidades desacompanhado daquela multidão orando e cantando em seu louvor.

Para os católicos mais fervorosos a falta da tradicional procissão é uma tragédia nos mesmos parâmetros da pandemia do Coronavírus, que assola o mundo, ainda mais partindo da China, um país comunista. Mas não existe outro recurso senão obedecer aos padrões de comportamento a nós impostos pelos órgãos governamentais, a começar pelo Ministério da Saúde.

Concordo plenamente com os cuidados constantes nos procedimentos, protocolos que teremos que obedecer, pois têm força de lei e a desobediência poderá ser enquadrada nos crimes contra a saúde pública (arts. 267 e 268 do CPB). Por mais que as administrações públicas se esforcem, é da natureza do brasileiro desobedecer as recomendações, inclusive em prejuízo próprio.

Lendo e relendo a nota oficial publicada pela Diocese de Itabuna, confesso que fiquei com dúvidas a respeito das decisões das autoridades eclesiásticas, após ouvirem os médicos especialistas. Isto porque, cancelada a procissão, ficaram mantidas as celebrações de três missas (7, 10 e 15 horas), cujo número foi ampliado para quatro, com a missa a ser celebrada às 17 horas.

Como não sou autoridade em assunto algum – embora apenas me dê ao luxo de praticar a teimosia, já vislumbro e comparo generalidades –, comparei as multidões de fiéis que assistem às missas e acompanham a procissão. Foi então que me dei conta de que, como o propósito é reduzir as multidões e, consequentemente, o risco de contaminação pelo Coronavírus, me dei conta que tanto fazia seis como meia dúzia.

Pelos meus tresloucados cálculos, a procissão reúne um número bem maior de pessoas que as missas, porém se alguns dos fiéis estiver infectado pelo coronavírus o risco é o mesmo, por mais cuidados que tomem os participantes. Acredito – não tenho certeza – que no caso das missas – em ambiente fechado – a gravidade é ainda mais acentuada que na procissão, em local aberto, nas ruas de Itabuna.

Não é de hoje nem de ontem que a procissão em louvor a São José vem sendo contaminada pelo pior vírus que se conhece no mundo, o do mau político, que há muito teimam em participar – como todo o destaque – das procissões. Em todos os anos – notadamente os eleitorais, dois em dois anos – eles brotam do limbo e se apresentam ao lado do andor para carregar o santo, com a única finalidade de aparecer nas fotos.

São políticos que não dispõem da mínima intimidade com o Glorioso São José e com a comunidade itabunense, dentre outras em que é o Padroeiro, e mesmo assim se acham no direito de se postar à frente dos Congregados Marianos. Muitos desses políticos sequer são católicos e nem têm a intenção de se converter ao catolicismo, pelo contrário, são materialistas, comunistas, que alardeiam ser a religião o ópio do povo.

Pior, ainda, do que a conduta desses maus políticos – os mesmos que brigam de unhas e dentes por um estado laico na forma mais esdrúxula – são dos representantes da igreja que comungam do mesmo sentimento dos políticos. Somente para ilustrar, os comunistas – portanto, materialistas – Haddad e Manoela, em campanha presidencial foram à Basília de Aparecida e ainda comungaram o sagrado corpo de Cristo, o Santíssimo Sacramento.

Dizem que o castigo vem a cavalo e, ao que parece, estamos justamente no período da pré-campanha eleitoral e, por certo, em volta do andor do Glorioso São José estariam a rodá-lo esses fariseus para levar o andor. Lembro-me muito bem da campanha vitoriosa feita pelo jornalista Charles Henri para separar o joio do trigo, ao destinar aos membros do Tiro de Guerra a função de carregar o andor.

Nesta quinta-feira (19) espero que São José possa abençoar todos os seus fiéis de Itabuna e outras cidades brasileiras que tanto sofrem com as más ações de seus políticos, livrando-os de todo o mal que eles [os maus políticos] pretendam causar. Rogo, ainda, que os padres com orientações políticas materialistas também tenham a ombridade de defender o comunismo em outra freguesia.

Mas como São José é Pai de Jesus e Deus de todos nós, confiemos nesse milagre.

*Radialista, jornalista e advogado


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 Penso Assim - por Walmir Rosário 






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