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1 20/06/2018 15:10

O mais recente Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2018 aponta que 320 cidades estão em situação de alerta ou risco de surto de dengue, zika e chikungunya no estado da Bahia.

De acordo com o Ministério da Saúde, desse total, 142 estão em risco de surto das doenças. Outros 178 aparecem em alerta e 95 estão em situação satisfatória. Procurada, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) não respondeu ao pedido de informações até a publicação da reportagem.

Na capital, a situação é de alerta. Segundo a Prefeitura de Salvador, as ações para conter o avanço das doenças foram intensificadas. 

Em todo o país, o levantamento indica que 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya. O ministério alerta para a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, mesmo durante o outono e inverno, em todo o país.

Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas três doenças, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.

Clique aqui para conferir a lista de municípios.

“O resultado do levantamento indica que é necessário dar mais atenção nas ações de combate ao mosquito. A prevenção não pode ser interrompida, mesmo no período mais frio do ano”, alertou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto, em nota divulgada no site do ministério.

Segundo o secretário, a continuidade das ações é importante para manter baixos os índices de infestação, justamente para quando chegar a época de maior proliferação. “Assim será possível manter a redução do número de casos”, explicou o secretário.

Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.069 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.711 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%.

O Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das doenças (dengue, zika e chikungunya). Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.

Criadouros

A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros predominantes. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya, em especial nas cidades em risco e em alerta.

O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril, foi o principal tipo de criadouro na região nordeste. Nas regiões norte, sul e centro oeste, o maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Na região Sudeste predominaram os depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis.

Ações

As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus zka no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou todos os órgãos federais (entre ministérios e entidades) com a criação da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) para combate ao Aedes, coordenada pelo Ministério da Saúde, que orienta e articula ações contínuas ao longo do ano com governos estaduais e municipais para combate ao vetor e monitora a situação epidemiológica e as atividades para enfrentamento do mosquito.

Para isso, o Ministério da Saúde afirma que tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, que inclui o combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões em 2010 para R$ 1,94 bilhão em 2017. Para 2018, a previsão é que o orçamento de vigilância em saúde para os estados chegue a R$ 1,9 bilhão. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya. O recurso é repassado mensalmente a estados e municípios.

Casos na Bahia

Em 2018, até 21 de abril, foram notificados 2.794 casos prováveis de dengue na Bahia, uma redução de mais de 50% em relação ao mesmo período de 2017 (5.800). Em relação à chikungunya, foram registrados 1.124 casos prováveis. A redução é de quase 80% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 5.444 casos.

Também foram registrados 393 casos prováveis de zika no estado, uma redução de 63,5% em relação ao mesmo período de 2017 (1.078).

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