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1 16/09/2020 16:00

O Setembro Amarelo é uma campanha que tem como objetivo principal a conscientização sobre a prevenção do suicídio, buscando alertar a população a respeito da realidade da prática no Brasil e no mundo. A melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema.

Segundo dados recolhidos em 2012 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, sendo 75% destes indivíduos moradores de países de baixa e média renda. Estima-se que no mundo acontece um suicídio a cada 40 segundos.

No Brasil, todos os dias, pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas. Esses números poderiam ser evitados ou reduzidos consideravelmente se existissem políticas eficazes de prevenção do suicídio.

Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

Como identificar alguém que precisa de ajuda e corre risco de suicídio?

Pessoas sob risco de suicídio podem:

apresentar comportamento retraído, dificuldades para se relacionar com família e amigos;

ter casos de doenças psiquiátricas como: transtornos mentais, transtornos de humor (depressão, bipolaridade), transtornos de comportamento pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas), transtornos de personalidade, esquizofrenia e ansiedade generalizada;

apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia;

sofrer mudanças nos hábitos alimentares ou de sono.

odiar-se, apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo;

ter um desejo súbito de concluir afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento;

apresentar sentimentos de solidão, impotência e desesperança;

escrever cartas de despedida;

Quais os sintomas de depressão que levam ao suicídio?

Se você está deprimido ou angustiado, sem vontade de viver, é fundamental buscar ajuda o mais rápido possível. Existem alternativas ao suicídio e buscar o auxílio adequado é o primeiro passo. Os acompanhamentos médicos e psicológicos são as maneiras mais eficazes de tratamento.

As pessoas que pensam em suicídio normalmente estão tentando fugir de uma situação da vida que lhes parece insuportável, buscando o alívio por:

sentirem-se envergonhadas, culpadas ou por se acharem um peso para os demais;

sentirem-se vítimas;

sentimentos de rejeição, perda ou solidão.

Como ajudar?

ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo;

ser afetuoso e dar o apoio necessário;

levar a situação a sério e verificar o grau de risco;

perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores;

explorar outras saídas para além do suicídio, identificando outras formas de apoio emocional;

conversar com a família e amigos imediatamente;

remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;

contar a outras pessoas, conseguir ajuda;

permanecer ao lado da pessoa com o transtorno;

procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;

aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;

demonstrar preocupação e cuidado constante.

O que não fazer

Jamais ignore a situação de uma pessoa com comportamentos e pensamentos suicidas. Não entre em choque, fique envergonhado ou demonstre pânico. Não tente dizer que tudo vai ficar bem, diminuindo a dor da pessoa, sem agir para que isso aconteça.

A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Não dê falsas garantias nem jure segredo, procure ajuda imediatamente. Principalmente, não deixe a pessoa sozinha em momentos de crise nem a julgue por seus atos.

Recursos da comunidade e fontes de apoio

Para pessoas com pensamentos suicidas, os primeiras recursos ou fontes de apoio são:

família;

amigos e colegas;

unidades de saúde: CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), Unidades de Saúde da Família, clínicas, consultórios psicológicos, urgências psiquiátricas.

profissionais de saúde: médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, agentes de saúde.

centros de apoio emocional: CVV (Centro de Valorização da Vida), ligue para o 188.

grupos de apoio.

A grande maioria das mortes por suicídios podem ser evitadas e o diálogo sobre o assunto é o melhor jeito de fazer isso. Se você ou alguém que você conhece possui pensamentos suicidas, peça ajuda.

Fonte: Setembroamarelo.com; vittude.com

 







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