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1 25/04/2024 14:00



Tribunal retomará testemunhos e relatos de graças alcançadas pela intercessão da Madre Vitória da Encarnação, que morreu com fama de santidade em 1715, na capital baiana

A Arquidiocese de Salvador retomou, na quarta-feira (24), os passos do processo de canonização de Madre Vitória da Encarnação, a primeira brasileira com fama de santidade.Os primeiros passos, dados em 2018, seguem agora com a constituição de um novo Tribunal, formado pelo postulador da Causa da Serva de Deus, frei Jociel Gomes; pelo cônego Alberto Montealegre, nomeado Delegado Episcopal; pelo padre Laudimar Oliveira da Silva, nomeado promotor de Justiça; pelo notário e pela notária adjunta, Dom Sebastião Rolim e Irmã Violeta, respectivamente.

A reunião que oficializou a retomada dos trabalhos após o período da pandemia da Covid-19 aconteceu na residência episcopal, com o Arcebispo de São Salvador da Bahia, Cardeal Dom Sergio da Rocha; e com o chanceler, cônego Antonio Ademilton de Santa Bárbara.

Sessão solene de instalação do processo de beatificação da Madre Vitória da Encarnação é realizada em Salvador. Ainda como parte destes passos, a Comissão Histórica trabalha na fase conclusiva da elaboração do relatório que será entregue ao arcebispo. Também está em andamento a fase diocesana, que tem previsão de conclusão para o segundo semestre de 2024. Com esta conclusão, toda a documentação será remetida para o Dicastério da Causa dos Santos, na Santa Sé, onde terá início a fase romana.

Madre Vitória da Encarnação

De acordo com relatos, Madre Vitória da Encarnação tinha o dom de sonhar com as pessoas necessitadas e, em seguida, enviava ajuda para elas. A religiosa também era procurada quando as Irmãs do convento, que estavam enclausuradas, pediam ajuda para encontrar objetos perdidos.

Alguns estudiosos contam que Madre Vitória da Encarnação foi inspiração para a vida religiosa de Irmã Dulce, primeira santa brasileira, canonizada em 2019.
Filha de Bartolomeu Nabo Correia e Luísa Bixarxe, Madre Vitória da Encarnação nasceu em Salvador, em 6 de março de 1661 e foi batizada no mesmo ano na antiga Sé da Bahia. A religiosa teve um irmão e três irmãs. De acordo com Dom Sebastião Monteiro da Vide (1720), a casa da família era um exemplo de lar cristão.

Em 1675, quando a religiosa tinha 14 anos, seu pai desejou enviá-la, juntamente com a irmã mais velha, Maria da Conceição, para um convento nos Açores, em Portugal. No entanto, a menina se recusou e disse que preferia que lhe cortassem a cabeça do que ser enviada para um convento.

Primeiro convento feminino do Brasil, o Santa Clara do Desterro da Bahia, foi fundado em 1977 . Nesta época, Vitória estava com 16 anos de idade e havia se tornado avessa à religião. O comportamento preocupou os pais dela.

Neste período, o padre João de Paiva, um jesuíta de muita piedade a quem o povo venerava como santo, vivia em Salvador e tinha fama de ser um profeta.
O pai menina Vitória pediu ajuda ao religioso quando percebeu que a filha havia tomado aversão às coisas sagradas. Ele pediu ao padre que rezasse por ela. O religioso o acalmou e disse que a menina seria, no futuro, uma grande religiosa.

Anos se passaram e Vitória começou a ter sonhos frequentes com a Mãe de Deus e seu Divino Filho. A Virgem apresentava a ela o Menino e a chamava para a vida consagrada. Em outros sonhos a religiosa via o Divino Menino colher flores no caminho para o convento e chamava ela para lá. Os sonhos repetiram várias vezes, mas a adolescente não quis seguir o que a Virgem e o Menino pediam.







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