Dentre outras reivindicações, os manifestantes pedem pela liberação de indígenas presos na "Operação Pacificar", realizada recentemente pelas forças de segurança na região.
Na manhã da quarta-feira (26), indígenas da etnia Pataxó interditaram um trecho da BR-101, próximo à entrada do Parque Nacional de Monte Pascoal, entre os municípios de Itamaraju e Itabela. O bloqueio, que ocorreu no km 793 da rodovia, tem causado transtornos para motoristas e transportadores que dependem da via para deslocamentos diários.
A manifestação, que foi organizada pelo Conselho de Caciques do Território Indígena Pataxó Barra Velha do Monte Pascoal, tentou chamar a atenção para a situação das comunidades do Território Barra Velha e Comexatibá, que, segundo os líderes indígenas, têm sofrido processos de marginalização e enfrentam dificuldades na defesa de seus direitos territoriais. Além disso, os manifestantes reivindicam a liberação de indígenas presos na "Operação Pacificar", realizada recentemente pelas forças de segurança na região.
O bloqueio da rodovia está previsto para ser mantido até o final da tarde, com outra interdição programada para ocorrer na sexta-feira (28). Enquanto isso, a orientação para os motoristas é buscar rotas alternativas e acompanhar atualizações sobre a liberação da pista. A situação é monitorada pelas autoridades locais, juntamente com a Polícia Militar (PM) e com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que buscam formas de minimizar os transtornos causados pelo protesto.
Esse bloqueio ocorre poucos dias após a "Operação Pacificar", realizada pela Polícia Civil (PC), com apoio da Polícia Federal (PF) e da PM, no Território Indígena de Barra Velha. A ação resultou na prisão de quatro pessoas por mandado judicial, sete prisões em flagrante e na apreensão de 11 armas de fogo, incluindo um fuzil calibre 7.62 e uma submetralhadora, além de grande quantidade de munição.
A comunidade Pataxó espera que, por meio dessas manifestações, as autoridades competentes atendam às suas reivindicações, garantindo a demarcação de suas terras e a preservação de seus direitos e cultura.
Da Redação CSFM