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1 08/10/2025 09:16

Prova técnica foi determinante para o júri popular condenar o réu; promotora classifica o resultado como “festa da justiça”.

O taxista Carlos Mendes Júnior foi condenado a 29 anos, 8 meses e 11 dias de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira Helmarta Sousa Santos Luz, conhecida como Martinha, ocorrido em 24 de setembro de 2024, em Valença. A sentença foi proferida na noite desta terça-feira (7) pelo juiz César Figueredo, após julgamento no Fórum Gonçalo Porto de Souza.

De acordo com informações do Mídia Bahia, o júri popular, composto por sete pessoas, acatou o pedido da promotora Rita de Cássia Pires Bezerra Cavalcante, que sustentou a acusação por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Durante o julgamento, diversas testemunhas foram ouvidas, entre elas peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), o delegado responsável pelas investigações, familiares da vítima e vizinhos.

Crime e investigação
Carlos e Helmarta mantiveram um relacionamento de 16 anos e estavam separados há cerca de sete meses. Segundo o depoimento do réu, a discussão que resultou no crime teria ocorrido por causa da pensão da filha, de 16 anos.

Carlos afirmou que perdeu o controle após ser chamado de “vagabundo” e receber um tapa no rosto. Em seguida, estrangulou a vítima e colocou o corpo em uma mala, que foi jogada da Ponte do Funil, na Ilha de Itaparica. Para evitar que o objeto boiasse, ele amarrou anilhas de ferro, usadas em academias.

A perícia confirmou que Helmarta morreu por estrangulamento, provavelmente com o uso de uma corda.

O corpo foi encontrado três dias após o desaparecimento, em 27 de setembro, dentro da mala lançada no Rio Jacuripe, após intensa mobilização de equipes do Corpo de Bombeiros, Marinha, Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) e pescadores locais.

O corpo de Martinha foi sepultado em Mutuípe no dia seguinte, em 28 de setembro de 2024.

Provas e condenação
Segundo a promotora Rita de Cássia, em entrevista à Clube FM, as provas técnicas foram o fator determinante para a condenação. “Acredito que determinante foi a prova técnica. Esmiuçamos cada detalhe e demonstramos que a forma como o crime foi cometido reduziu as possibilidades de defesa da vítima”, afirmou.

Ela destacou ainda que o resultado representa uma reprovação social aos crimes de feminicídio. “O dia de hoje é uma festa da justiça. Triste pelos acontecimentos, mas uma festa da justiça. Mostra que a sociedade não aceita esse tipo de crime”, completou.

O conselho de sentença reconheceu todos os pontos apresentados pela acusação, incluindo a impossibilidade de defesa da vítima e as tentativas do réu de fraudar o processo penal.

Carlos Mendes segue preso no Conjunto Penal de Valença, onde permanece desde sua prisão preventiva, decretada logo após o crime.

Fontes: Mídia Bahia e Clube FM (entrevista com a promotora Rita de Cássia Pires Bezerra Cavalcante)







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