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1 02/12/2020 01:41

Mais de 6 milhões de estudantes de 6 a 29 anos, da educação básica ao ensino superior, não tiveram acesso a atividades escolares durante outubro, de acordo com a pesquisa Pnad Covid19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na segunda-feira (1º/12). O número representa 13,2% dos alunos matriculados naquele mês.

O maior percentual de alunos matriculados e sem atividades é da região Norte, com 29,3%. O índice está bem acima dos registrados no Sul (5,1%), Centro-Oeste (7,4%) e Sudeste (9,2%).

Apesar de alto, o índice vem apresentando queda desde julho, quando o percentual de alunos de 6 a 29 anos matriculados e sem atividades escolares era de 19,1%.

Em relação ao nível de escolaridade, o maior percentual dos alunos sem atividades está matriculado no ensino médio. São 16,4%. Em seguida vem o ensino superior (13,9%) e fundamental (11,8%).

A falta de atividades no ensino médio pode levar à evasão e abandono escolar. Segundo especialistas, esta etapa da educação é um dos pontos críticos, devido ao alto número de alunos que não concluem os estudos. Mais da metade da população (52%) acima de 25 anos não terminou o ensino médio.

A análise do nível de escolaridade por região aponta maior desigualdade no acesso à educação na região Norte: três em cada dez estudantes não tiveram acesso a atividades escolares em outubro.

No ensino fundamental, o percentual é de 27,9%; no ensino médio, 33,8% e, no ensino superior, o percentual foi de 28,8%.

Nas demais regiões do país, os números são menores. A região Sul é a que mais tem alunos estudando. Em outubro, 3,5% dos estudantes do ensino fundamental, 5,1% do ensino médio e 9,5% do ensino superior não tiveram atividades.

Entre os alunos que vivem em moradias com rendimento de até meio salário mínimo por pessoa, 17,9% não tiveram atividades escolares em outubro. Comparando a domicílios com renda de quatro ou mais salários, o percentual cai para 5,8%.

Especialistas apontam que falta acesso à internet para estes alunos mais pobres acompanharem as aulas, além de estas famílias estarem sendo mais impactadas com a perda de renda durante a pandemia.

Por cada jovem que abandona a escola, o Brasil perde R$ 372 mil reais por ano, apontam cálculos de Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, em estudo feito neste mês em parceria do Insper com a Fundação Roberto Marinho. As iInformações são do G1







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